terça-feira, 27 de julho de 2010

A definição de vida.

Quando eu era pequeno, minha definição de vida estava restrita aos olhos, à visão ou ao olhar (hoje, meu pragmatismo cotidiano não me permite saber qual dos três seria o mais adequado).
Digo isto porque quando eu tinha três anos de idade (lembro muito bem), eu fechava os olhos e pensava que o mundo escurecia por completo e ninguém mais via nada.
Mesmo assim, minha então inocência não me permitia acreditar que eu era o centro do universo (algo facilmente concluível por mentes adultas). Apenas pensava que, ao fechar os olhos, o mundo inteiro ficava sem luz, sem vida. Pura, simples e inocente constatação. E, antes que eu esqueça: vida é aquilo que há quando estou com os olhos abertos. Muito bem abertos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Duas certezas.

Como sou? Às vezes falto, outras até sobro. É complexo nivelar-se ao ponto exato de satisfação dos atos, tendo em vista que o referido espectro é muito amplo... Aliás, quem não é assim? E quem determina o tal ponto de satisfação da forma de agir alheia? Ora, cada um tem o seu, o que torna ainda mais inútil o esforço.
Como dá gosto conversar com quem está ciente disso! Infelizmente – é uma certeza que tenho – é comum cobrar a perfeição alheia, mesmo não sendo perfeito. Mas deixemos estes pra lá. A certeza da morte, em alguns casos, já é um conforto.