terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Emoções despersonalizadoras

Nunca consigo assimilar que certas manifestações emotivas fazem realmente parte da personalidade de certas pessoas.
Só sei que acessos abruptos de raiva ou alegria sempre acabam por surpreender...
Seria um desvio momentâneo da personalidade para depois voltar ao normal? Ou a aleatoriedade faz também parte do todo?
De qualquer modo, pessoas emotivas demais são imprevisíveis.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Eu acredito,

entre outras coisas, que só se vive uma vez.

Viva.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Prato favorito.

- Que deseja, senhor?
- Feijão, arroz e salada sem vinagre.
- Sem tempero?
- Não, sem vinagre, apenas... Devido ao azedume, se é que me entende...
- E os demais temperos?
- Não vem ao caso, não quero complicar. Faça como quiser, pois.
- Veremos, senhor. E para beber?
- Suco de laranja. Otimiza a absorção dos minerais férricos do feijão.
- Não temos...
- Então traga uma água mineral.
- Com gás ou sem gás, senhor?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

"A humanidade não merece a vida."

" [...]
HUMANIDADE

A história da humanidade é um desastre contínuo. Nunca houve nada que se parecesse com um momento de paz. Se ainda fosse só a guerra, em que as pessoas se enfrentam ou são obrigadas a se enfrentar... Mas não é só isso. Esta raiva que no fundo há em mim, uma espécie de raiva às vezes incontida, é porque nós não merecemos a vida. Não a merecemos. Não se percebeu ainda que o instinto serve melhor aos animais do que a razão serve ao homem. O animal, para se alimentar, tem que matar o outro animal. Mas nós não, nós matamos por prazer, por gosto. Se fizermos um cálculo de quantos delinqüentes vivem no mundo, deve ser um número fabuloso. Vivemos na violência. Não usamos a razão para defender a vida; usamos a razão para destruí-la de todas as maneiras, no plano privado e no plano público. [...]"

José Saramago, em sabatina à Folha de São Paulo, em 28/11/2008.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nunca ninguém percebeu

que duas pessoas só podem se dar bem se têm em comum as coisas de que não gostam.

domingo, 23 de novembro de 2008

Para não perder a inércia

Minha força vital sai mais das possibilidades que das certezas.

É comum eu parar para pensar, antes e durante cada uma das ações que faço durante o dia, se isso soma algo a mim e ao mundo.

É comum, pois, concluir previamente que não, depois de reiteradas vezes que fiz e ainda faço este – também inútil? – exercício mental.

É comum, também, eu policiar-me, e não pensar nisso (se minhas ações somam ou não algo para o mundo). Contudo, nunca fazer isso é impossível.

Então, concluo que sou um ser desprezivelmente pessimista. Minhas ações devem sim somar algo para o mundo. Só não aprendi a perceber isso. Assim espero.

sábado, 22 de novembro de 2008

"Hug!!"

O abraço foi como o vento frio perpassando sua superfície epitelial, ascendendo seu tronco, descendo pelos braços, entrelaçando seus dedos.

Força atávica, findando-se com um estalar de ossos.

Sentiu um abraço - apenas físico – como nunca sentira, mas como o frio do inverno atravancando até mesmo suas vísceras. Um infortúnio – num momento inoportuno – tirou-lhe do rosto a graça.

(escrito no inverno de 2008)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

All star azul

O meu é a vítima principal da minha maneira de pisar, que judia incautamente todos os meus calçados. Troco de calçados - por isso - como quem troca de roupa, ora...
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(mas ele já presenciou mais do que uma vida!)
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Não vou aposentá-lo, como fiz com os 3 pretos anteriores.
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Dúvida: o que dura mais, um calçado ou uma roupa?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mera observação

Por que policiais, em final de filme americano de ação, tornam-se mais fortes que quadrilhas inteiras depois de levarem um tiro no ombro ou abdômen?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Haplóide

É uma célula não somática. O óvulo ou o espermatozóide, que ainda não se uniram.
Células haplóides são tudo (a vida em estado latente) e, ao mesmo tempo, nada...