terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nunca ninguém percebeu

que duas pessoas só podem se dar bem se têm em comum as coisas de que não gostam.

domingo, 23 de novembro de 2008

Para não perder a inércia

Minha força vital sai mais das possibilidades que das certezas.

É comum eu parar para pensar, antes e durante cada uma das ações que faço durante o dia, se isso soma algo a mim e ao mundo.

É comum, pois, concluir previamente que não, depois de reiteradas vezes que fiz e ainda faço este – também inútil? – exercício mental.

É comum, também, eu policiar-me, e não pensar nisso (se minhas ações somam ou não algo para o mundo). Contudo, nunca fazer isso é impossível.

Então, concluo que sou um ser desprezivelmente pessimista. Minhas ações devem sim somar algo para o mundo. Só não aprendi a perceber isso. Assim espero.

sábado, 22 de novembro de 2008

"Hug!!"

O abraço foi como o vento frio perpassando sua superfície epitelial, ascendendo seu tronco, descendo pelos braços, entrelaçando seus dedos.

Força atávica, findando-se com um estalar de ossos.

Sentiu um abraço - apenas físico – como nunca sentira, mas como o frio do inverno atravancando até mesmo suas vísceras. Um infortúnio – num momento inoportuno – tirou-lhe do rosto a graça.

(escrito no inverno de 2008)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

All star azul

O meu é a vítima principal da minha maneira de pisar, que judia incautamente todos os meus calçados. Troco de calçados - por isso - como quem troca de roupa, ora...
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(mas ele já presenciou mais do que uma vida!)
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Não vou aposentá-lo, como fiz com os 3 pretos anteriores.
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Dúvida: o que dura mais, um calçado ou uma roupa?